JAMES COLEMAN
Biografia
BIOGRAFIA DO AUTOR:
Natural da Fazenda Morrinho (de terra de coloração vermelho-pardo) Município de Canarana, Sertão da Bahia. Filho de Manoel Cardoso Dourado e Izaura Carneiro Dourado, aos 16 anos tomou gosto pela sua terra, colocando-a na sua "principiante" forma de pintar. Pinta suas bruacas, casas de farinha, flores de mandacaru, quiabento, gravatá, barriguda, casinholas, carros de boi e a nossa alma sertaneja.
SOBRE PINTAR O SERTÃO:
Quando escrever não é fácil, a pintura explica o possível... Pintar o sertão de chão vermelho alaranjado, de casinholas rústicas e sol escaldante. Da falta d’água e das cacimbas agora sêcas, dos poucos pés de paus que sobrevivem aos golpes fatais dos machados e das foices desferidos pela ignorância do homem que compromete a nossa terra. Dos pebas e pombas quase extintas. Agora o pintor usa do seu poder imaginário – criativo e pinta um pouco do sertão que não se entrega, procurando passar para o seu espectador sensível e crítico observador, a contemplação de uma realidade em que vivemos.
SOBRE O AUTOR:
Ao longo de décadas de carreira, Antônio Karneiro afinou gradualmente suas técnicas e seu olhar, tornando-se um pintor multifacetado. Sua mão é clássica. Apesar de autodidata, o artista baiano sorveu com naturalidade os diversos estilos das escolas européias, como se fosse um trabalho ordinário dominar com mérito várias tradições. Estas escolas – realismo, impressionismo, surrealismo, cubismo, expressionismo, e até a pop art – fluem nas telas harmoniosamente. Seu olhar, por outro lado, é bastante particular. Os temas de Karneiro são recorrentes. Em suas vibrantes pinturas nos deparamos com os objetos que coloriram a sua infância sertaneja: cercas delgadas como os dedos de um homem faminto; potes de argila que recendem a sangue; barrigudas curvadas tal qual mães que perderam seus filhos; casebres rústicos que se amontoam como favelas até descansarem nas primeiras nuvens do firmamento; um céu dum laranja vivaz e explosivo que se expande ao limite, antes de se apagar numa leve camada púrpura – um crepúsculo com laivos de esperança. A arte reside na conjunção de ambos. A mão e os olhos de Karneiro, como que por magia, criam mundos saborosos, palpáveis, infinitos. E, diante do limiar da moldura, repousa o público. Enquanto apreciamos suas últimas obras, nos perguntamos quais de suas múltiplas facetas estarão ainda por emergir, entre o profundo carmesim de sua paleta de tintas, e a vastidão de uma tela em branco. (Paulo Raviere - Me. Letras e Tradução – UFBA)
Principais exposições
Natural da Fazenda Morrinho (de terra de coloração vermelho-pardo) Município de Canarana, Sertão da Bahia. Filho de Manoel Cardoso Dourado e Izaura Carneiro Dourado, aos 16 anos tomou gosto pela sua terra, colocando-a na sua "principiante" forma de pintar. Pinta suas bruacas, casas de farinha, flores de mandacaru, quiabento, gravatá, barriguda, casinholas, carros de boi e a nossa alma sertaneja.
SOBRE PINTAR O SERTÃO:
Quando escrever não é fácil, a pintura explica o possível... Pintar o sertão de chão vermelho alaranjado, de casinholas rústicas e sol escaldante. Da falta d’água e das cacimbas agora sêcas, dos poucos pés de paus que sobrevivem aos golpes fatais dos machados e das foices desferidos pela ignorância do homem que compromete a nossa terra. Dos pebas e pombas quase extintas. Agora o pintor usa do seu poder imaginário – criativo e pinta um pouco do sertão que não se entrega, procurando passar para o seu espectador sensível e crítico observador, a contemplação de uma realidade em que vivemos.
SOBRE O AUTOR:
Ao longo de décadas de carreira, Antônio Karneiro afinou gradualmente suas técnicas e seu olhar, tornando-se um pintor multifacetado. Sua mão é clássica. Apesar de autodidata, o artista baiano sorveu com naturalidade os diversos estilos das escolas européias, como se fosse um trabalho ordinário dominar com mérito várias tradições. Estas escolas – realismo, impressionismo, surrealismo, cubismo, expressionismo, e até a pop art – fluem nas telas harmoniosamente. Seu olhar, por outro lado, é bastante particular. Os temas de Karneiro são recorrentes. Em suas vibrantes pinturas nos deparamos com os objetos que coloriram a sua infância sertaneja: cercas delgadas como os dedos de um homem faminto; potes de argila que recendem a sangue; barrigudas curvadas tal qual mães que perderam seus filhos; casebres rústicos que se amontoam como favelas até descansarem nas primeiras nuvens do firmamento; um céu dum laranja vivaz e explosivo que se expande ao limite, antes de se apagar numa leve camada púrpura – um crepúsculo com laivos de esperança. A arte reside na conjunção de ambos. A mão e os olhos de Karneiro, como que por magia, criam mundos saborosos, palpáveis, infinitos. E, diante do limiar da moldura, repousa o público. Enquanto apreciamos suas últimas obras, nos perguntamos quais de suas múltiplas facetas estarão ainda por emergir, entre o profundo carmesim de sua paleta de tintas, e a vastidão de uma tela em branco. (Paulo Raviere - Me. Letras e Tradução – UFBA)
Principais exposições
- 2016 - Real e Imaginário, Estação de Ciência e Artes, João Pessoa, Paraíba.
- 2015 - II Bienal do Sertão, Juazeiro, Bahia.
- 2014 - VII Arte Cidadã, Centro Cultural, Câmera dos Deputados, Brasília.
- 2014 - IFBA, Irecê, Bahia.
- 2007 - Exposição de Inauguração do Espaço UNEB, Irecê, Bahia.
- 1998 - Caravana da Cultura, Centro de Cultura, Barreiras, Bahia.
- 1997 - Caravana da Cultura, Associação Atlética do Banco do Brasil (AABB), Vitória da Conquista, Bahia.
- 1997 - Feira Internacional de Arte e Artesanato Popular (FIAAP), Salvador, Bahia.
- 1987 a 1992 - Semana de Arte e Cultura (SEMARC), Irecê, Bahia.